A VILA DE PARANAPIACABA
Para mim a Estrada de Ferro exerce um grande fascínio , desde tenra idade tudo que se referia ao trem me atraía profundamente, isto apesar de ser nascido e criado na capital de São Paulo.
Com 16 anos de idade, sempre que possível freqüentava o Ramal da Cantareira em São Paulo, lembro-me como se fosse hoje dos vagões de madeira, as locomotivas a vapor e a linha de bitola estreita. A estação ficava na Rua João Teodoro, em um terreno onde até há pouco tempo encontrava-se o estacionamento e auditório do Liceu de Artes e Ofícios, a linha passava por uma ponte sobre o rio Tietê, seguia pela Avenida Cruzeiro do Sul, Voluntários da Pátria e chegava até o Horto Florestal e Parque da Cantareira. Havia também um ramal para Guarulhos. Mas o que é bom dura pouco, o Trem da Cantareira foi desativado, ficou só a saudade dos tempos idos.
Com 16 anos de idade, sempre que possível freqüentava o Ramal da Cantareira em São Paulo, lembro-me como se fosse hoje dos vagões de madeira, as locomotivas a vapor e a linha de bitola estreita. A estação ficava na Rua João Teodoro, em um terreno onde até há pouco tempo encontrava-se o estacionamento e auditório do Liceu de Artes e Ofícios, a linha passava por uma ponte sobre o rio Tietê, seguia pela Avenida Cruzeiro do Sul, Voluntários da Pátria e chegava até o Horto Florestal e Parque da Cantareira. Havia também um ramal para Guarulhos. Mas o que é bom dura pouco, o Trem da Cantareira foi desativado, ficou só a saudade dos tempos idos.
Por volta de 1964, lembro-me de subir de Santos para São Paulo pela Estrada de Ferro Santos a Jundiaí, onde o trem era puxado por um cabo de aço na Serra do Mar, lembro-me também de ter parado um longo tempo em Paranapiacaba, aguardando o restante da composição que na época era içada em partes.
Controles da linha
No último domingo dia 19, resolvi juntamente com minha mulher Silvia e meu filho Thiago, passar o dia em Paranapiacaba atendendo a insistentes recomendações de minha filha Priscila, que já fez este passeio duas vezes e tem muitas histórias para contar.
O local é fascinante ! O clima do alto da serra, a neblina, a Vila de Paranapiacaba respira Estrada de Ferro e é uma “Festa para Olhos, Ouvidos e Paladar”, como está no folheto oficial distribuído pela Prefeitura de Santo André, município a que pertence a Vila de Paranapiacaba.
O local é fascinante ! O clima do alto da serra, a neblina, a Vila de Paranapiacaba respira Estrada de Ferro e é uma “Festa para Olhos, Ouvidos e Paladar”, como está no folheto oficial distribuído pela Prefeitura de Santo André, município a que pertence a Vila de Paranapiacaba.
Vagão guindaste
É uma experiência fantástica estar na ponte que passa por cima das linhas ferroviárias, ouvir o apito de um trem e seu ranger sobre os trilhos embaixo da ponte, e não poder visualizar este trem, devido a uma intensa neblina.
Interior do trem
Fazer um curto passeio em um vagão de passageiros fabricado nas oficinas da São Paulo Railway na Lapa no início do Séc. XX, puxado por uma locomotiva a vapor fabricada em 1867 é realmente uma festa que é complementada por uma visita ao Museu Ferroviário, onde encontram-se expostos várias ferramentas das antigas oficinas, placas de identificação, Locobreques (Locomotivas que conduziam os trens na subida e descida da serra) um vagão fúnebre, o vagão de D. Pedro II e toda a maquinaria que puxava os cabos e faziam o sistema funcionar.
Placas de locomotivas no museu
Todo o acervo é administrado pela ABPF Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, fundada em 1977 e atuante em vários locais espalhados pelo Brasil. Vale uma visita aos sites: http://www.abpf.org.br/ e http://www.abpfsp.com.br/ para quem se interessa pelo assunto.
A parte alta da Vila, situada no morro ao alto do pátio ferroviário tem sobrados com arquitetura portuguesa que merecem a visita.
Há também na vila atividades de Arborismo e Trilhas, informe-se sobre acompanhamento e monitoria com o Centro de Visitantes na Rua Rodrigues Alves 473ª Telefone (11) 4439-0321
Nesta primeira visita muitas fotos ficaram prejudicadas ou não puderam ser feitas devido à intensa neblina, e muitos locais não puderam ser visitados devido ao adiantado da hora, pretendo voltar em breve para complementar esta postagem.
Há também na vila atividades de Arborismo e Trilhas, informe-se sobre acompanhamento e monitoria com o Centro de Visitantes na Rua Rodrigues Alves 473ª Telefone (11) 4439-0321
Nesta primeira visita muitas fotos ficaram prejudicadas ou não puderam ser feitas devido à intensa neblina, e muitos locais não puderam ser visitados devido ao adiantado da hora, pretendo voltar em breve para complementar esta postagem.
Placa em Paranapiacaba
A Festa do Paladar fica por conta dos Restaurantes da Av. Campos Salles. São Casas de Madeira com telhado aparente. Almocei no Apiaca Restaurante e Casa de Chá, no nº 400 Telefone (11) 4439-0187, onde fui muito bem servido com uma comida simples mas muito saborosa e um preço amigável, recomendamos o local.
Como chegar lá: Trem saindo da Estação da Luz até Rio Grande da Serra e depois ônibus até Paranapiacaba, não recomendo a ninguém ir de carro, a neblina é muito fechada, a estrada sinuosa e perigosa. Deixe seu carro em casa e faça um passeio diferente.
Para mais informações entre em contato com o Centro de Informações Turísticas (11) 4439-0237
Fomos informados que em breve o trem chegará também a Paranapiacaba, não conseguimos saber exatamente quando, mas fazemos votos que seja breve porque uma Vila Ferroviária sem trem é como Sultão sem Harém !
Silvio A. Neves
Como chegar lá: Trem saindo da Estação da Luz até Rio Grande da Serra e depois ônibus até Paranapiacaba, não recomendo a ninguém ir de carro, a neblina é muito fechada, a estrada sinuosa e perigosa. Deixe seu carro em casa e faça um passeio diferente.
Para mais informações entre em contato com o Centro de Informações Turísticas (11) 4439-0237
Fomos informados que em breve o trem chegará também a Paranapiacaba, não conseguimos saber exatamente quando, mas fazemos votos que seja breve porque uma Vila Ferroviária sem trem é como Sultão sem Harém !
Silvio A. Neves
Marcadores: trem
24 Comments:
UMA DESSAS PLACAS É EM HOMENAGEM AO MAQUINISTA ROMÃO JUSTO FILHO, MEU AVÔ. ELE RECEBEU ESTAS PLACAS POR TER EVITADO UMACIDENTE COM O TREM LOCOBREQUE, QUE PODERIA VITIMAR 150 PESSOAS. OS TRENS, NO SISTEMA FUNICULAR DA ÉPOCA, ERAM TRACIONADOS POR CABOS QUE FICAVAM AO LONGO DA LINHA E PUXADOS POR MÁQUINAS FIXAS. NUM DETERMINADO PONTO, RREGIÃO DE ABISMO, OS CABOS ROMPERAM. OUTROS TRÊS ACIDENTES JÁ HAVIAM POCORRIDO, COM CONSEQUENCIAS DESASTROSAS. MAS, EM 1956, DATA DO FATO, ROMÃO ONSEGUIU FREAR AOS POUCOS O TREM E EVITAR SUA QUEDA NUMA REGIÃO DE PONTE DE GRANDE ALTURA.
Adamo.
Agradeço muito a informação
Silvio A. Neves
Obrigada por sua visita em meu blog!!! E agradeço a observação também! Só uma curiosidade, onde vc viu meu blog? rsrs eu estava anexada em qual? Um abraço!
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Parabéns pelo blog. Sou professor de história na rede pública municipal. Cheguei até aqui apenas por uma imagem cujo link estava num curso que estou fazendo pelo CET de São Paulo. Comecei a ver suas postagens e fiquei fascinado por suas memórias.
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