Bondes que circularam em São Paulo
Foi em 1856 que em São Paulo, teve início a implantação de
uma rede de bondes com tração animal.
Em 1910 havia um bonde que era alugado para casamentos e batizados
Em 7 de julho de 1913 foi inaugurada a linha Sto. Amaro com
os Bondes 2101 e 2103 de passageiros e 2001 e 2003 de uso misto adquiridos de
J. Brill & Co.
Em 1933 foram incorporados a essa linha os bondes 2111,
2113 e 2115, eram maiores do que os importados em 1926 e foram logo apelidados
de “Tubarão” pelos motorneiros.
Em 1916 foi criado o bonde para operários com passagem mais
barata, apelidado pelo povo de Caradura.
Em 1917 começaram a rodar quatro bondes com 2 trucks, tendo
um total de 8 rodas. O freio desses bondes ainda era mecânico. Em 1930 foram
desmontados os quatro.
Esta configuração de bonde com reboque, rodavam nas linhas
mais extensas, 7-Penha e 66-São Judas.
Em 1927 começaram a chegar os camarões adquiridos no
Canadá. Eram 100 unidades, numerados de 1501 a 1699. Os de N° 1503, 1531,1567,
1591, 1595, 1601, 1619, 1621 e 1645 rodaram até o encerramento da linha
101-Santo Amaro em 27-03-1968. O de N ° 1531, encontra-se no Museu Gaetano
Ferola.
Esta foto, a única existente, mostra um camarão com um
reboque na Av. São João, não consegui nenhuma informação sobre esta
configuração.
Em 1926, a Light propôs à Prefeitura de São Paulo uma
modernização nos transportes, criando o primeiro projeto de metrô na cidade. A
Câmara Municipal rejeitou o projeto alegando que São Paulo era uma cidade muito
pequena para tal obra. Percebe-se que desde aquela época, vereadores já
trabalhavam contra o povo e o progresso.
Em 1937 a Light desinteressou-se pelo serviço de transporte
de passageiros, comunicando a Administração Municipal que manteria os serviços
até 1941. Posteriormente devido à Segunda Guerra Mundial os serviços foram
estendidos até 1946.
Em 1947 foi criada a CMTC, que assumia então o serviço de
bondes e encampava várias empresas particulares de ônibus que operavam na
cidade.
Por volta de 1955 a 50 a CMTC reformou os antigos bondes
abertos de dois trucks em bondes fechados bem semelhantes aos importados em
1927, que rodaram assim até a extinção do serviço na cidade.
Esta foto é polêmica, mostra um bonde camarão supostamente
construído para a linha 101-Santo Amaro, note o farol, mas há informações que
se trata de um Centex reencarroçado.
São Paulo chegou a ter 700km de extensão de trilhos de
bonde em mais de 60 linhas, extintas para privilegiar o uso do transporte
individual.
Por curiosidade, os motorneiros eram habilitados para o
serviço. Havia a Carta de motorneiro.
Quanto ao Museu Gaetano Ferola, há uma preocupação do que
será feito de seu acervo, uma vez que se encontra fechado e não mais aberto ao
público. Tentei acesso à biblioteca desse museu, mesmo quando se encontrava
aberto e nunca consegui.
Bibliografia:
Waldemar Corrêa Stiel - História dos Transportes Coletivos
em São Paulo
Waldemar Corrêa Stiel – História do Transporte Urbano no
Brasil
Fernando Portela – Bonde – Saudoso Paulistano
Site São Paulo Bondes 1957-1965
historiamundi.blogspot.com
Em preparo: Ônibus que circularam em São Paulo. Para setembro ou outubro.